Influenciadores de Cáceres são alvos da Operação Tiger Hunt da Polícia Civil por jogos do Tigrinho

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Cáceres, com apoio da Delegacia Regional, 1ª Delegacia de Polícia, e do GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado), deflagrou nesta segunda-feira, 09 de junho de 2025, a Operação Tiger Hunt, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar.

A investigação, que durou cerca de cinco meses, revelou um esquema sofisticado articulado por influenciadores digitais da cidade, que usavam suas redes sociais para promover de forma enganosa plataformas ilegais de jogos online, em especial o “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger).

Os investigados divulgavam vídeos onde apareciam ganhando valores altos em poucos segundos, com apostas mínimas, induzindo seus seguidores a entrarem nos sites de apostas e apostarem dinheiro real. Entretanto, segundo a polícia, os conteúdos eram gravados em versões de demonstração manipuladas, que utilizavam senhas programadas para exibir resultados vitoriosos, criando uma falsa promessa de ganho fácil.

Além disso, o grupo criminoso adquiria CPFs de pessoas vulneráveis, pagando entre R$ 50 a R$ 100, para criar contas bancárias digitais, usadas tanto nas apostas quanto na lavagem de dinheiro oriundo das empresas das quais os investigados eram sócios.

A apuração policial também constatou que os suspeitos ostentavam uma vida de luxo, incompatível com suas rendas declaradas, tendo adquirido carros importados, imóveis, joias, jet skis, além de realizar viagens para destinos turísticos caros, frequentando restaurantes de alto padrão.

A operação cumpriu 21 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilo bancário e telefônico, além da suspensão das atividades comerciais ligadas aos envolvidos.

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil reforça o alerta para que a população evite apostar em plataformas ilegais, principalmente aquelas promovidas por influenciadores que podem estar utilizando de fraudes digitais para enganar seguidores e movimentar dinheiro ilícito.

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