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Dirigentes que fraudaram INSS recebiam dinheiro do Bolsa Família

Dirigentes que fraudaram INSS recebiam dinheiro do Bolsa Família

04/05/2025 às 15h58 Atualizada em 04/05/2025 às 16h15
Por: Cleydson Castro Fonte: PODER 360
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Dirigentes que fraudaram INSS recebiam dinheiro do Bolsa Família

A PF (Polícia Federal) identificou que presidentes de associações envolvidas no esquema bilionário de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) eram beneficiários de programas sociais do governo federal. O inquérito mostra que os dirigentes estavam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único), no Bolsa Família e no Auxílio Brasil. As investigações conduzidas em Brasília apontam que o esquema envolvia 3 principais associações: a AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas Brasileiros), a ABSP/AAPEN (Associação Brasileira dos Servidores Públicos/Associação dos Aposentados e Pensionista dos Regimes Geral e Próprio da Previdência Social).

O documento da PF identifica 5 dirigentes cadastradas em programas sociais, sendo 4 idosas: Maria Ferreira da Silva, 88 anos, que assumiu a presidência da AAPB em novembro de 2021. Aposentada desde 2003, estava inscrita no CadÚnico com renda familiar per capita de R$ 1.320; Maria Liduina Pereira de Oliveira, 56 anos, que preside a AAPB desde fevereiro de 2022. Recebeu o Bolsa Família até outubro de 2015; Maria Eudenes dos Santos, 65 anos, presidente ABSP/AAPEN desde novembro de 2022. Foi beneficiária do Bolsa Família até julho de 2021 e do Auxílio Brasil até fevereiro de 2022. Também estava inscrita no CadÚnico com renda per capita familiar declarada de R$ 1.320; Francisca da Silva de Souza. 71 anos, que assumiu a presidência da ABSP/AAPEN em janeiro de 2024. Aposentada desde 2013, recebeu o Bolsa Família até outubro de 2015; Valdira Prado Santana Santos (79 anos), presidente da Universo desde janeiro de 2021. 

O relatório da Polícia Federal mostra que as associações investigadas não possuíam estrutura adequada para atender aposentados e pensionistas em todo o Brasil, apesar de alegarem atuação em mais de 4.000 municípios. A investigação prossegue para identificar todos os envolvidos e determinar a extensão dos prejuízos aos cofres públicos. A AAPB disse em nota que irá colaborar com a investigação e que agiu dentro da legalidade em relação aos documentos para a obtenção do acordo de cooperação técnica junto ao INSS. O Poder360 entrou em contato com a ABSP/AAPEN e a Universo, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. 

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